Uma pergunta por dia: Porque procuras a felicidade em tudo o que não tens?
E eu que procurei a felicidade em tudo o que não tinha,
como se um dia agarrasse-a nas mãos
sem margem de fuga e nunca mais morresse.
Um dia prenha de cansaço
entreguei-me ao dourado morno do ocaso
e nem os amores que morreram
ou os filhos que não nasceram,
afastaram o hálito da paz.
Nasceu-me luz pelos dedos
e nessa entrega sem condição
senti o sabor de terra e mar
E eu, que procurei a felicidade
Em tudo o que não tinha
Poema de Rita Freitas, no blogue À procura da lucidez
Uma pergunta até ao final do ano, quem quiser responder esteja à vontade.
Alice Alfazema