Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Conversas da escola - Sem sono

16.02.17, Alice Alfazema
Entre adolescentes:  - Eu todos os dias deixo-me dormir à uma da manhã, duas da manhã, levo o telemóvel para a cama e fico a ver vídeos até ter sono. - Eu também, nunca durmo antes da meia-noite, uma da manhã.     Alice Alfazema

Chuva, sono, silêncio e poemas.

24.10.16, Alice Alfazema
  Ilustração Anna Franczuk       Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva Não faz ruído senão com sossego. Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva Do que não sabe, o sentimento é cego. Chove. Meu ser (quem sou) renego... Tão calma é a chuva que se solta no ar (Nem parece de nuvens) que parece Que não é chuva, mas um sussurrar Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece. Chove. Nada apetece... Não paira vento, não há céu que eu sinta. Chove longínqua (...)

O sono

12.03.15, Alice Alfazema
Ilustração Mamzelle Rouge   O sono é a actividade mais perto da morte que podemos conhecer. O sono é verosimilmente uma imitação sagrada da morte. Há em todo o sono o feltro espesso do esquecimento que caracteriza a morte.   No sono é com a vida que imitamos a morte, e por isso nos é dada a memória. Todas as noites mergulhamos no esquecimento, mas todas as manhãs regressamos à vida. O sinal de que lá estivemos e regressámos é a memória. É com a memória que acordamos e (...)

Maio dia 15

15.05.14, Alice Alfazema
 ♥   Ilustração Dan Craig    Eu gostava de poder escolher os meus sonhos, deitar-me e programar aquilo que quero fazer durante o sono. Hoje apetecia-me ter um sonho assim, estar neste lugar e desfrutar desta calma e destas cores. Será que os deuses me fazem a vontade? Entretanto vou contemplando os detalhes e imaginar os cheiros e os sons desta paisagem.   ♥   Alice Alfazema