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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Tal cão

tal dona

18
Out21

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Dizem que os cães são idênticos aos donos, é verdade, confirmo. Ora assim, o meu cão não suporta muito calor, eu também não. Nem gosta de frio, eu também. Não gosta de muitas festas, eu igualmente. Adora retirar-se para dormir uma sesta, eu idem. Não tem dono favorito, para ele todos tem um propósito: euzinha. Está-se marimbando para a sua reputação social, mais eu. Gosta mais de peixe que de carne, é genético. 

Um outro ponto muito importante e decisivo para que se diga tal cão tal dona é o facto de nenhum brinquedo sobreviver às suas brincadeiras, tal como a dona quer ver mais qual a utilidade da coisa do que realmente brincar. Eu nunca brinquei com brinquedos de forma querida e cuidada, eu sempre arranquei os olhos às bonecas para ver o que estava por detrás de cada olho, qual o mecanismo da pálpebra, ou então arrancar o braço e a perna para perceber como era a dinâmica do encaixe, cortar os cabelos, molhá-los e secá-los com o secador bem quente, automaticamente ficavam encaracolados. Com o passar do tempo fui-me tornando perita em tirar braços, olhos e pernas  e voltar a encaixar tudo na perfeição, assim como desmanchar um  piano de cauda minúsculo e um órgão cor-de-rosa e voltar a colocar tudo no lugar. 

Eis aqui a verdade dos factos (dez minutos, nem mais):

 

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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS - ARTIGO 2.º

01
Jul16

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Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.

 

Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania. 

 

 

 

Texto adoptado e proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, na sua resolução 217 - A(III), de 10 de Dezembro de 1948.

 

 

Alice Alfazema

 

 

Sabes coisas porque os outros sabem, ou sabes porque queres fundamentar o saber?

30
Jun16

 

ilustração Liese Chavez

 

 

Hoje parece que o dia é dedicado às redes sociais. Qualquer coisa como dia mundial... Se por um lado elas aproximam as pessoas, por outro causam dependência e dão a sensação de obrigatoriedade de ter de saber o que os outros sabem. Mas será que realmente sabem? Nestes últimos tempos temos assistido ao saber adquirido nessas bandas, basta olharmos para o mundo real para vermos o tipo de aprendizagem adquirida na base do desconhecimento, na certeza do boato, na ordem daquilo que hoje é partilhar. Partilhamos? Basta ver o novo vídeo da Unicef. Olhar os outros através do écran é um saber em vácuo. 

 

Alice Alfazema