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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Uma nova década um Novo-Ano: Bem-vindo

2020

30
Dez19

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Para alguns será mais um ano, para outros outra década, para uns o começo, para outros o fim. Que as grades sejam ultrapassadas, mesmo que sejam invisíveis ou psicológicas, que sejas firme nos teus gestos e nas tuas acções, mesmo que tremas por dentro, mesmo que te pareça impossível realizares tais proezas. Um novo ano se avizinha e com ele novos dias virão. O ciclo vai recomeçar. A vida continua.

 

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Que seja doce ou amarga, mas que traga conhecimento, amigos, esperança, saúde, amor, alegria, novidades, sucessos. Independentemente daquilo que somos e da pele que vestimos, ou de como somos reconhecidos, do emprego que temos, dos sonhos que queremos.

 

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Que haja muitos sorrisos e risos, festas e escritas, reuniões de famílias, partilha de recordações. Milhões de coisas boas vão acontecer e o contrário também, no entanto se não podes mudar o mundo, muda pelo menos o teu. 

 

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Que se abracem com força, sentindo a fragilidade do outro, o seu lugar, a sua espera, o seu porquê. Abraços vividos numa plenitude sem causa. Livres.

 

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Despeçam-se das angústias, alimentem as caricias, mergulhem em copos de rigor, esperando conquistas. Atrevam-se.

 

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Amarrotem o ano velho, deixando no passado as nódoas do tempo que se foi. Lavem-se de novo, é tempo de recomeçar!

 

 

Desejo a todos os que passam por aqui, que me comentam, que me estimam, que me animam e que me mimam, um Ano-Novo muito Feliz. Obrigada por estarem desse lado e deste lado. 

 

E porque há mais assuntos para além dos petiscos e das fotos na praia no Verão

19
Ago16

Portugal não pode explorar gás ou petróleo porque Julho de 2016 foi o Julho mais quente desde que há registos de temperatura. Porque os últimos nove meses foram todos os mais quentes desde que há registos: o Julho mais quente, o Junho mais quente, o Maio, o Abril, o Março, o Fevereiro, o Janeiro, o Dezembro, o Novembro. Não pode explorar combustíveis fósseis porque 2015 foi o ano mais quente desde que há registos. E porque antes de 2015, 2014 fora o ano mais quente até então. E porque dos dez anos mais quentes de que há registo, nove foram desde 2000, e o décimo foi 1998. Porque é a combustão de combustíveis fósseis que provoca esse aquecimento. Porque para conseguirmos manter o aumento da temperatura global abaixo dos 2ºC, temos de manter 80% das reservas conhecidas de combustíveis fósseis debaixo do solo, e não procurar novas reservas.

 

Portugal tem um potencial solar enorme, de 2200 a 3000 horas de sol anuais, e tem uma produção solar insignificante. Portugal não pode explorar gás ou petróleo porque isso impede o desenvolvimento das energias renováveis. Explorar petróleo não significa qualquer entrada de riqueza no país, já que os contratos são ridículos para o Estado e, além disso, as empresas são especialistas a fugir aos impostos (legal e ilegalmente), a indústria petrolífera cria muito poucos empregos e destruirá milhares de postos de trabalho já existentes no turismo, na pesca e na agricultura.

 

O país não pode continuar a facilitar a vida a patos bravos e a empresas com as mãos sujas de sangue e de petróleo, mesmo que alguém tenha tido um dia a infeliz ideia de assinar dez contratos estúpidos, fosse por estupidez, fosse por corrupção.

 

O país e as populações não podem ficar reféns de uma decisão tomada à luz de uma lei anacrónica, mesmo que haja cobertura legal para isso. Alguns dos maiores crimes do mundo foram feitos sob a cobertura da legalidade: a escravatura, o apartheid, perseguições políticas, guerras. Não é desculpa para nada.

 

O processo de contestação ao petróleo fora do Algarve começa a dar os seus primeiros passos. A transformação da contestação numa campanha de índole nacional mudará certamente as hipóteses de travar este processo grotesco.

 

Texto retirado da Revista Crítica Económica e Social, ver o artigo todo aqui.

 

Alice Alfazema