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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Daqui até ao Natal - 10

28
Ago24

IMG_20240707_095939.jpgTenho tido dores nas costas, ontem e hoje estiveram especialmente intensas, não que isto seja novidade para mim, a acrescentar dói-me um joelho, mas cá por casa não me posso queixar que tenho dores, porque a lista de recomendações é sempre a mesma. 

Assim, tenho pesquisado sobre o assunto e tenho visto imensos vídeos sobre dores, menopausa, velhice, saúde no feminino, entre outros, de há um ano para cá faço suplementação alimentar (com vigilância médica - medicina integrativa) de modo a compensar o meu corpo pela perda de capacidade de se regenerar, fez-me bem, faz-me bem, agora preciso passar a uma nova etapa.

Diz-se que o universo conspira tendo em atenção os nossos pensamentos (e lembram-se de eu ter falado que andava tudo calado nos meios de transporte, que não se ouviam as vozes (?)), pois ontem fui de autocarro para o trabalho e durante todo o percurso duas mulheres (já bem entradas na idade e que não se conheciam), foram conversando sobre diversos temas...e vai daí, diz uma delas: eu vou ao ginásio, treino todos os dias menos à sexta...e estou muito bem, sinto-me cheia de energia, nunca mais tive dores...e eu atenta a todos os pormenores, pensando ainda bem que não fui de comboio. Pois, hoje fui de comboio, e por causa das dores nas costas tive alguma dificuldade em subir para a carruagem, tanto que, lá de dentro uma mulher me pergunta se eu quero ajuda, disse-lhe que não, muito obrigada, e lá me impulsionei para cima, aproveitei para me sentar ao pé dela, e não é que fomos a conversar o tempo todo, e sobre o quê? Treinos, alimentação, mudança de estilo de vida, disse-me ela que hoje em dia corre na natureza e treina no ginásio, e que isso lhe mudou a sua vida e recuperou a sua saúde...

E eu fiquei ali a pensar se isto era alguma indirecta (dois dias seguidos e o mesmo assunto), vinda lá do Universo profundo?

Sim, porque a médica insiste na musculação, diz-me que caminhar não é o suficiente para criar músculo, e eu tenho andado a fugir, sempre com desculpas e bastante preguiça, até que as dores me apanharam e também porque tenho receio de ficar dependente de outros, por minha culpa. 

 

O estranho caso das gémeas (gêmeas)

24
Jun24

 

Fictional World of Agatha Christie.jpg  

É  de louvar louvando que uma grande parte das pessoas, comentadores, comentadeiras, e comentadoritos,  sinta imensa empatia pela mãe das gémeas por ela ter usado o "pistolão", é certo que a mulher conseguiu o que queria para as filhas, seu maior propósito enquanto mãe, quanto a isso não há grande coisa a dizer, milhões de mães lutam todos os dias pelo bem estar dos seus filhos. 

O que me causa estranheza, aqui neste nosso país à beira mar plantado é o facto, de muito pouca gente se indignar com aquilo que se passa todos os dias com as crianças - que vivem e moram aqui e precisam por exemplo de uma cadeira de rodas - segundo consta as crianças visadas ganharam uma cadeira de rodas cada uma (top de gama) que só por acaso nunca foram usadas - , pois aqui  anda uma criança e os pais e amigos e seja lá mais quem for a angariar toneladas de tampinhas plásticas para que se consiga comprar uma cadeira de rodas nova, isto porque as crianças crescem - todos os anos - para quem não saiba, está comprovado que as crianças crescem e as cadeiras de rodas não, sendo assim porque não se ouvem orlas de gente, incluindo jornalistas, a falarem sobre este assunto ?!. 

Do que digo, digo-o com conhecimento de causa, os miúdos amontoam-se na cadeira de rodas até que não caibam mais, até que consigam outra, porque existem outras prioridades, entre as quais tratamentos elevados, que os pais pagam como podem, e ninguém se indigna?! Onde andam a porra da TVs?! Para casos que estão dentro da nossa casa? E as salas de multideficiência, em que cada metro quadrado tem um nome pomposo para cada terapia, mas no fundo aquilo é tudo um amontoado de gente dentro daquele espaço, sem qualquer privacidade, para não falar na falta de meios mecânicos auxiliares (e outros) para ajudar no dia-a-dia de quem cuida das crianças, e ninguém se indigna?

Resta saber, se o que fica é um monte de indignados ou de fofoqueiros, porque falar a gente fala, fazer é que é mais complicado.  

A mim parece-me que o faz de conta já deixou de ser apenas do universo infantil, o macaquinho do chinês está em cada canto e o tiroliro anda por aí à solta a fazer das dele.

 

Dia Mundial da Educação (Saúde) Ambiental

26
Jan22

pelicanos.jpg

Fotografia Guy Edwardes

Assinala-se hoje o dia mundial da educação ambiental, nesta fase sabe-se que a educação ambiental é um parente desaparecido do nosso quotidiano, não é preciso ser-se muito atento para percebermos isso, sendo que a maioria dos projectos se resume à reciclagem, depois também temos os programas de energias verdes, tais como as centrais de biomassa,  e mais recente é a moda das centrais fotovoltaicas, assim à primeira vista parecem ser a solução à descarbonização, no entanto em Portugal temos assistido a podas e abates de árvores feitas ao desbarato, e sem o menor sentido daquilo que é educação ambiental, sendo que posteriormente servem de matéria prima para alimentar as centrais de biomassa, por outro lado cortam-se sobreiros, árvores supostamente protegidas por lei, e cultivam-se enormes extensões de terreno com painéis solares, a nossa paisagem está-se a transformar e não é para melhor. Somos, ainda, uns analfabetos ambientais.

Ter educação presume ser educado perante o outro, assim educação ambiental presumiria ser atento ao ambiente, no respeito pelo meio ambiente e pela vida que aí habita, o respeito pela água, ar, terra, flora, pessoas e animais, mas também o respeito pelas gerações futuras.