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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

O pássaro solitário

14
Set19

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Em certa árvore há um pássaro, que canta a alegria da vida.

Nos galhos mais escondidos, lá ele pousa e repousa.

Chega ao descer o crepúsculo e parte ao erguer-se a aurora.

 

 

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Quem sabe que pássaro é esse que canta dentro de mim?

Não tem forma nem cor, não tem contorno nem estofo.

Pousa na sombra do amor e repousa no inatingível.

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Kabir diz: Ó sadhu, meu irmão, profundo é este mistério.

Deixa que os sábios descubram onde tal pássaro se esconde.

 

 

 

Poema - tradução: José Tadeu Arantes, Kabir: Cem Poemas, Attar Editorial, 2013 - visitem a página para compreendem a metáfora do pássaro solitário, é muito interessante. 

 

As magníficas ilustrações são de Nacho Sevilha