O pássaro solitário
Em certa árvore há um pássaro, que canta a alegria da vida.
Nos galhos mais escondidos, lá ele pousa e repousa.
Chega ao descer o crepúsculo e parte ao erguer-se a aurora.
Quem sabe que pássaro é esse que canta dentro de mim?
Não tem forma nem cor, não tem contorno nem estofo.
Pousa na sombra do amor e repousa no inatingível.
Kabir diz: Ó sadhu, meu irmão, profundo é este mistério.
Deixa que os sábios descubram onde tal pássaro se esconde.
Poema - tradução: José Tadeu Arantes, Kabir: Cem Poemas, Attar Editorial, 2013 - visitem a página para compreendem a metáfora do pássaro solitário, é muito interessante.
As magníficas ilustrações são de Nacho Sevilha