Fotografia do blogue Arca de Darwin, um blogue a visitar para aprender e ser surpreendido, aproveitem.
Hoje foi avistada, no meu local de trabalho, a primeira osga do ano. Segundo me relataram foi vista a sair de uma sarjeta, portanto acabou-se a minha despreocupação com as janelas, as portas, os vasos, os canteiros, as paredes, o pátio, as mesas...
Há uns anos atrás eu era uma medricas em relação a estes bicharocos, hoje posso afirmar que já não grito tão alto quando vejo alguma, que já peguei em ovos de osga pensando que eram dos passarinhos e que tinham caído da árvore para o canteiro, é de salientar que quando descobri o que estava dentro do ovo, viva e de boa saúde, senti que nunca mais ia ser a mesma pessoa que tinha sido até então. Foi a partir daí que comecei a monitorizar as osgas que existem no pátio. Há a osga bibliotecária, aquela que está na parede da biblioteca, a outra que vive na arrecadação da esquerda e a vizinha que mora na arrecadação da direita, portanto uma toma banhos de sol de manhã a outra à tarde. Há ainda uma que gosta de estar por detrás da máquina do café, essa parece-me ser a mais velha de todas, é mais gorda e escura.
Todas têm um ar simpático e gostam de me admirar, penso que sou uma musa para elas. Estava desejosa deste regresso, aliás durante o Inverno lembrei-me muitas vezes delas, de como resistem ao frio e de onde estarão escondidas. Estou em pulgas à espera do derradeiro encontro.
Alice Alfazema