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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Bicho da seda

28
Mai10

Olhei para os bichos da seda, caixa cheia, comendo avidamente sem mais objectivos senão o único, o da sobrevivência da espécie.

Comem, comem, quase até rebentar, só folhas de amoreira, depois constroem o seu casulo e isolam-se para se transformar. Saem do casulo novos diferentes, renovados para começar outra tarefa, a de porem ovos, fazem-no até estourar, puf...terminou uma vida árdua, que vai aguardar mais de dez meses, dentro desses ovos minúsculos e frágeis, por uma nova oportunidade de vida.

Cavalinho

27
Mai10

Uma tarde, um homem saiu para um passeio com as duas filhas, uma de oito e a outra de quatro anos. Em determinado momento da caminhada, a mais nova pediu ao pai que a levasse ao colo pois estava muito cansada para continuar a andar. O pai respondeu que também se sentia exausto. Diante da resposta, a menina começou a choramingar e a fazer corpo mole.

Sem dizer palavra, o pai limitou-se a cortar um galho comprido de uma árvore. Depois, deu-o à filha, dizende-lhe:

- Olha aqui um cavalinho para montares, filha! Ele vai ajudar-te a seguir em frente.

A menina parou de chorar e pôs-se a cavalgar no galho, tão depressa que chegou a casa antes do pai e da irmã. Ficou tão encantada com o seu cavalinho de pau que foi difícil fazer com que parasse de galopar.

A irmã mas velha ficou intrigada com o que viu e perguntou ao pai como entender a atitude da irmã.

O pai sorriu e respondeu:´

- A vida é assim, minha filha. Às vezes, estamos física e mentalmente cansados, certos de que é impossível continuar. Mas então encontramos um «cavalinho» qualquer que nos dá ânimo outra vez.

 

Esse cavalinho pode ser um novo desafio, uma nova oportunidade de trabalho...O importante é nunca nos deixarmos levar pela preguiça ou pelo desânimo.

 

A. Rangel