Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Xeque-mate

27
Dez17

anna-muzychuk-ne-jouera-pas-en-arabie-saoudite-114

 

 

 

Anna Muzychuk, é ucraniana tem 27 anos e é dupla campeã mundial de xadrez. Estamos em 2017. O campeonato mundial de xadrez realiza-se na Arábia Saudita, durante esta semana, entre os dias 26 e 30 de Dezembro de 2017, a campeã mundial recusa-se a participar porque não quer ser obrigada a usar a veste feminina saudita, a abaya. Estamos em 2017.

 

E diz:

 

 

 

 

“Em poucos dias vou perder dois títulos mundiais, um a um. Apenas porque decidi não ir à Arábia Saudita. Por não jogar com as regras de outros, por não usar abaya, por não ter de ir acompanhada à rua, e finalmente por não me sentir uma criatura secundária”

 

 

 

“Há exatamente um ano ganhei estes dois títulos e era a pessoa mais feliz no mundo do xadrez, mas agora sinto-me muito mal. Estou preparada para lutar pelos meus princípios e faltar a este evento, onde, em cinco dias, esperava ganhar mais do que numa dezena de competições”

 

 

 

 “Tudo isto é irritante, mas o mais perturbador é quase ninguém se importar realmente. Este é um sentimento amargo, mas ainda não é o que vai mudar a minha opinião e os meus princípios. O mesmo vale para a minha irmã Mariya — e estou muito feliz por partilharmos este ponto de vista. E sim, para aqueles poucos que se importam — vamos voltar!”

 

 

 

“Primeiro Irão, depois Arábia Saudita… Pergunto-me onde serão organizados os próximos campeonatos mundiais femininos. Apesar do recorde de títulos, não vou jogar em Ryad, o que significa perder dois títulos de campeã mundial. Para arriscar a tua vida, para usar abaya o tempo todo? Tudo tem os seus limites e os véus no Irão já foram mais do que suficientes”

 

 

 Parabéns Anna!

 

 

Alice Alfazema

Março dia 19 - Mulheres que pilotam aviões

19
Mar17

 

Niloofar Rahmani, que cresceu em Cabul, matriculou-se no curso da Força Aérea afegã em 2010.  Recebeu o apoio de seus pais, mas outros a acusaram de desonrar a família. Dois anos mais tarde, ela se tornou a primeira mulher piloto de aviões na história do país, que já teve mulheres pilotando helicópteros durante o período comunista, de 1978 a 1992. Recompensada com o prêmio internacional Mulheres de Coragem do departamento de Estado dos Estados Unidos, Niloofar está entre aquelas que têm feito avançar a causa das mulheres no Afeganistão desde a queda do Talibã, há 14 anos.

 

 

A comandante Sharifah Czarena e a copiloto Sariana Nordin conduziram um moderno Boeing 787 Dreamliner entre o Brunei (um pequeno sultanato localizado no Sudeste Asiático) e a cidade saudita de Jeddah, na costa do mar Vermelho, em uma jornada com dez horas de duração. As duas fizeram o trabalho com as cabeças cobertas pelo véu islâmico. 

 

 

 

As comandantes Chipo Matimba e Elizabeth Simbi Petros foram as primeiras mulheres a pilotar um Boeing 737. Para Matimba, pilotar um grande avião é um sonho desde 1994, quando entrou para a Força Aérea do Zimbábue e enfrentou as dificuldades de ser uma das pouquíssimas mulheres em um ambiente predominantemente masculino.

 

 

 

 

Alice Alfazema