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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Coisas do nosso tempo - TAP Air Portugal

03
Abr20

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Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!

 

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Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar

Para que fosses nosso, ó mar!

 

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Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

 

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Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.

 

 

Poema Fernando Pessoa, in Mensagem, 1934

 

 

Já foram e já vieram e hoje foram buscar mais. 

Missão

11
Nov16

 

 

Trabalhei no meu trabalho
Dormi no meu sono
Morri na minha morte
E agora posso abandonar

Abandonar aquilo que faz falta
E abandonar aquilo que está cheio
Necessidade de espírito
E necessidade no Buraco

Amada, sou teu
Como sempre fui
Da medula aos poros
Do anseio à pele

Agora que a minha missão
Chegou ao fim:
Reza para que me seja perdoada
A vida que levei

O Corpo que persegui
Perseguiu-me igualmente
O meu anseio é um lugar
O meu morrer, uma vela.

 
 
Leonard Cohen - Livro do Desejo, tradução de Vasco Gato
 
 
 
 
Alice Alfazema