homem Não se lapida um mulher apenas com pedras 25Nov17 É triste ver como certas expressões ainda continuem a usar-se na segunda década do sec. XXI. Mas também devo dizer que conheci muitos advogados do meu tempo, convertidos depois ao exercício de altas funções políticas no país, que usaram não só o vocábulo, como o seu conteúdo, para fazerem valer os direitos masculinos, nos casos de divórcio que patrocinaram.Quando se vive muito tempo, como eu, tem-se a vantagem de ter conhecido muita gente. À direita e à esquerda. E ficariam, quem sabe, muito surpreendidos, ao tomar conhecimento do modo como esta última apadrinhava, sem vergonha, a causa. Caso não fosse triste, como disse no início, seria uma oportunidade para dar uma boa gargalhada, se aqui relembrasse alguns dos nomes que, á época, usaram a bandeira do adultério feminino para defender os interesses dos amigos que se separavam. Veriam como além da inveja, a hipocrisia é uma das "qualidades" de alguns grandes homens deste país.Hoje falam de galo e são arautos da moral. A posição alcançada permite-lhes a farsa. Mas bastaria uma pequena investigação aos seus currículos profissionais, para se ver os processos que advogaram e o modo como o fizeram. É que não se lapida uma mulher apenas com pedras. As palavras, para algumas, não terão sido menos mortais! Helena Sacadura Cabral Alice Alfazema Tags:homemjornalismo a sério?metoomulheresnão se lapida uma mulher apenas com pedrpoder politicoportugalportugal e o estado novosociedade portuguesa link do post comentar favorito