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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Cabeça

15
Out22

IMG_20221009_100822.jpg 

Pego num pedaço de silêncio. Parto-o ao meio,
e vejo saírem de dentro dele as palavras que
ficaram por dizer. Umas, meto-as num frasco
com o álcool da memória, para que se
transformem num licor de remorso; outras,
guardo-as na cabeça para as dizer, um dia,
a quem me perguntar o que significam.
Mas o silêncio de onde as palavras saíram
volta a espalhar-se sobre elas. Bebo o licor
do remorso; e tiro da cabeça as outras palavras
que lá ficaram, até o ruído desaparecer, e só
o silêncio ficar, inteiro, sem nada por dentro.
 
Poema de Nuno Júdice 

O que o coração decorou

10
Abr16

Tantas coisas que já li 

Outras tantas que vivi

Fazem de mim o que sou

 

João e Joana.JPG

 

 

Ai, se eu tivesse esquecido

Tudo o que tenho vivido

E o coração decorou

 

caminhar.JPG

 

 

Tudo é questão de memória

É o nosso pensamento 

Que a vida nos vai passando

 

felicidade.JPG

 

A memória faz história

Do que foi cada momento

Que nós vamos recordando

 

Amália Rodrigues

 

 

Alice Alfazema