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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

O branco

17
Jul12

 Fotografia Patrícia Cruz

 

 

Muro, em que meditas,
ao longo da estrada, por estas quintas,
casas, ermos, entre paixões
de alma dos espectros
presentes e vindouros? E os vivos,
porque se escondem
por trás da tua fronte alta,
quieta, seca, que cobiça os astros,
sem saber que o teu corpo
de xisto corre, avança,
mas não pode soltar-se da Terra
e alcançar o Alto?

 

 

Fiama Hasse Pais Brandão

 

 

 

Alice Alfazema

 

Meditação

03
Abr11

 

 

 

Pintura de Denis Nuñez Rodríguez 

 

 

Há já algum tempo que me apercebi que desde os meus primeiros anos tinha recebido uma quantidade de falsas opiniões por verdadeiras e que aquilo que depois baseei em princípios tão mal garantidos só podia ser duvidoso e incerto; de maneira que me era necessário  empreender, seriamente, uma vez na vida, a tarefa de me desfazer de todas as opiniões que tinha recebido até então na minha formação e começar tudo de novo desde os fundamentos, se queria estabelecer algo de firme e de constante nas ciências.

 

Descartes, Meditations

 

 

Cantem, cantem...que a vida vai melhorar...

03
Out10

 

 

"Canta, Canta, Minha Gente"

 

 Martinho da Vila


Canta, canta minha gente
Deixa a tristeza pra lá
Canta forte, canta alto
Que a vida vai melhorar

Cantem o samba de roda
O samba-canção e o samba rasgado
Cantem o samba de breque
O samba moderno e o samba quadrado
Cantem ciranda e frevo
O coco, maxixe, baião e xaxado
Mas não cantem essa moça bonita
Porque ela está com o marido do lado

Quem canta seus males espanta
Lá em cima do morro ou sambando no asfalto
Eu canto o samba-enredo
Um sambinha lento ou um partido alto
Há muito tempo não ouço
O tal do samba sincopado
Só não dá pra cantar mesmo
É vendo o sol nascer quadrado

 

 

Cantem...

Porque quem canta seus males espanta...