Aguarela
De repente a vida torna-se numa aguarela, basta um só pingo de água para mudar aquilo que se vê, a paisagem assume outra forma. Tudo se transforma. Os vales podem dar lugar a montanhas. O lago sereno ganha ondas gigantescas e sai daquelas margens seguras, levando consigo as flores que estavam a nascer.
O pingo de cada cor mistura-se à medida que o pincel, levado pela mão dá cor ao papel. Surgem então as imagens e as sombras. Os brilhos são os últimos. Os pingos caem como chuva. Secam com o tempo. As marcas ficam.
Aguarelas de Endre Penovac, ver mais aqui.
Alice Alfazema