Fôlego
É preciso remar.
O mar ensina.
Paciência aos que tem pressa.
Equilíbrio para os que já caíram mas não deixaram de remar.
Para ganhar o mar é preciso perder o medo e manter o respeito.
Mas é preciso remar.
O mar ensina.
É possível encontrar liberdade em suas correntes.
Mas é preciso remar.
O mar ensina.
A maré de sorte só chega para quem um dia entendeu que os ventos sempre mudam de direção e não deixou de remar.
Porque ninguém aprende a nadar na areia.
O mar ensina.
Mas é preciso remar.
Eu só peço fôlego para vencer a arrebentação e entender que isso não significa competir com o mar.
Eu peço fôlego para receber o mar.
Basta perceber a entrada, pedir licença e ai sim, ser recebido pelo mar aberto.
Fôlego.
Eu peço fôlego para lembrar que ondas e lágrimas são feitas de água salgada.
Fôlego para transformar tristeza em mar.
E se o caminho for longo fôlego para remar na volta
Fôlego para voltar a remar.
Poema Allan Dias Castro
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