Uma flor ergue-se num muro de um jardim e recolhe as gotas de água caídas do céu, nuvem passageira, nuvem generosa que acalma a sede. Essas gotas percorrem as pétalas sedosas e delicadas, como carícias descem devagar, percorrendo cada pedaço, descendo até ao caule, alimentando a raiz. Lambendo o perfume. A manhã emerge devagar assistindo àquele pecado.