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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Daqui até ao Natal - 24

11
Set24

reflexos 

Setembro já vai quase a meio, e sinto, cada vez mais que o tempo escorre-me pelos dedos, tal como areia fina de uma praia, por mais que se tente conter ele escapa e foge, mesmo que seja devagar, depressa se torna rápido demais, depois não há mais nada a fazer, foi-se. 

Não é melancolia, são factos. E nisto já se foram duas dúzias de dias até ao Natal. 

Conto azul

Imaginário

14
Jun20

contoazul.jpg

 

Pintura de Josep Maria Tamburini

 

Conto azul é o nome da pintura. Há muitos anos atrás, conheci uma pintora, fui a casa dela com outras pessoas para vermos os seus quadros, dava-me com a pessoa que pintava, mas apenas em contexto profissional e há pouco tempo. Todos ficaram maravilhados com o seu trabalho e elogiaram-no, eu fiquei admirada com as suas pinturas, por aquilo que conhecia da pintora imaginava outro ser, aquilo que eu via ali pareciam-me mundos dentro de outros mundos, mas para mim eram mundos tristes e de grande sofrimento, apesar de haver cor, havia muitos espinhos, árvores despidas, caminhos vazios, cenas que passavam para outras cenas, incompletas, ou em busca. Eu gostei do trabalho, dos pormenores das cores, da perfeição, no entanto para além disso vi ali algo que passei a entender no dia-a-dia. 

 

(...)não existe tal coisa como um facto puro e simples. Todos os factos são desde a sua origem selecionados de um contexto universal pela actividade da nossa mente. São sempre factos interpretados, sejam eles olhados à parte do seu contexto, por uma abstração artificial, ou ponderados no seu enquadramento específico. Em qualquer dos casos, transportam os seus próprios horizontes interpretativos internos e externos. 

 

Alfred Schütz

Puro e simples

01
Nov12

 

(...) não existe tal coisa como um facto puro e simples. Todos os factos são desde a sua origem seleccionados de um contexto universal pela actividade da nossa mente. São sempre factos interpretados, sejam eles olhados à parte do seu contexto, por uma abstracção artificial, ou ponderados no seu enquadramento específico. Em qualquer dos casos, transportam os seus próprios horizontes interpretativos internos e externos.

 

Alfred Schütz



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