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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Demissão silenciosa

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11
Set22

Leio por aí que existe agora uma vaga de trabalhadores que se regem pela chamada demissão silenciosa - nome dado pelos especialistas - mas ao que parece não é uma demissão, então para que lhe deram esse nome¿. E que especialistas são estes? Ao que tudo indica trata-se apenas de cumprir o horário de trabalho e as funções para o quais foram contratados, nada de mais portanto, é somente ser-se cumpridor dos seus deveres e direitos.

Parece assim haver uma admiração generalizada em concretizar tais factos, o que também não entendo, mas assim como tudo isto é agora exposto e questionado  pela comunicação social como se fosse uma revolta dos trabalhadores, também o é em relação a haver avaliações pelo trabalho prestado, onde se avalia o trabalhador por aquilo que ele faz e para além daquilo para o qual contratado -  dando um exemplo disso: refiro-me ao facto de um dia alguém me ter dito que a avaliação de excelente haveria de ser para quem apresentasse resultados que iriam além da sua função, o que também não entendi na altura. Opinião essa que também encontro muitas vezes em estudos de especialistas. Assim chego a concluir que os especialistas são especializados em confusões especializadas sobre as regras, direitos e deveres dos trabalhadores e das entidades empregadoras.

Um contrato de trabalho é isso mesmo -contrato, com cláusulas escritas, sendo que não seja escrito prevale a lei,   as mesmas refletem os  deveres e os direitos de ambas as partes, se alguma das partes exigir mais do que aquilo que lá está acordado deverá ser reformulado - a isso chama-se princípio da equidade. 

Justo será dizer também que há um alheamento  global daquilo que é ser-se cumpridor, ou seja as palavras dos especialistas tornaram-se tão  vulgares que deixaram em aberto  o seu verdadeiro significado, levando a que qualquer um o interprete a seu bel prazer.

À beira do Oceano Atlântico

Uma opinião escrita na praia, tem o mesmo sentido critico daquela que foi escrita numa secretária? S

28
Jun22

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Não é difícil sentirmo-nos pequeninos defronte da beleza selvagem da Natureza. 

Todos deveríamos poder usufruir deste mundo com a mesma intensidade com que corremos até ao óvulo, nesses minutos desenfreados na busca  da vida. Logo aí somos confrontados pela primeira vez com o nosso diminuto tamanho, estamos sempre uns números abaixo da coragem, da esperança, do crer e do poder.

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Milhões  de bagos de areia reflectem a luminosidade do sol, e a idade da Terra, aguentam as intempéries, moldam-se debaixo dos pés, juntam-se e separam-se com imensa facilidade, desfazem-se numa palma de mão aberta, servem para contar o tempo. Abarcam as raízes mais resilientes que dão vida às dunas. 

 IMG_20220618_114250.jpgNum processo cíclico, de sol a sol, de lua a lua, fragmentos de conchas são batidos onda a onda até se transformarem neste dourado quente e macio. Que nunca nos acabe a memória, que nunca nos acabe o som incessante do mar. Qual líquido uterino, que acolhe e alimenta.

IMG_20220618_114236.jpgEstamos em junho, de um ano muito sofrido, pergunto-me, então qual é a margem mais importante deste mar (?), como se houvesse um lado com maior importância, talvez por isso os planetas sejam redondos como forma de equidade. 

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O resto? O resto é para pensar, e escrever o que ficou por dizer, porque mais não me pertencerá opinar, quer sobre a seca extrema que assola Portugal, nem sobre os campos de golfe situados mais a sul destas dunas - consumidores compulsivos da nossa água potável- que ao que parece ainda é um bem comum no nosso país,  nem sobre o cultivo de relvados para campos de futebol que bebem milhares de litradas de água doce que existe no subsolo. Tudo isto aqui tão perto do paraíso, mais a construção - autorizadíssima - e desenfreadas de resorts e casas de luxo. E vivam as dunas! Vivam enquanto durarem, tal como o amor, é eterno enquanto existe.

 

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Nas entrelinhas do progresso

23
Mai13

 

«Em 25 de maio, ativistas de todo o mundo vão-se unir na Marcha contra a Monsanto.

Por que marchamos?

  • Os estudos têm mostrado que os alimentos geneticamente modificados da Monsanto podem levar a condições graves de saúde, como o desenvolvimento de tumores cancerígenos, infertilidade e defeitos congénitos.
  • Nos Estados Unidos, a FDA, a agência encarregada de garantir a segurança alimentar para a população, é dirigida por ex-executivos da Monsanto, e nós achamos que é um questionável conflito de interesses que explica a falta de investigação conduzida pelo governo sobre os efeitos de longo prazo dos produtos GM (geneticamente modificados).
  • Recentemente, o Congresso dos EUA e o presidente aprovaram a chamada "Lei de Proteção Monsanto" (Monsanto Protection Act), que, entre outras coisas, impede os tribunais de travar a venda de sementes geneticamente modificadas da Monsanto.
  • Por tempo demais, a Monsanto tem beneficiado dos subsídios corporativos e favoritismo político. Os agricultores biológicos e pequenos agricultores sofrem perdas enquanto a Monsanto continua a forjar o seu monopólio sobre a oferta alimentar mundial, incluindo os direitos exclusivos sobre patentes de sementes e composição genética.
  • As sementes transgénicas da Monsanto são prejudiciais ao meio ambiente; por exemplo, cientistas indicaram que têm contribuído para o “Colony Collapse Disorde” entre a população mundial de abelhas do mundo ((desaparecimento das abelhas).


Quais são as soluções que defendemos?

  • Votar com a moeda, comprando produtos biológicos e boicotando as empresas propriedade da Monsanto que usam transgénicos em seus produtos.
  • A rotulagem de transgénicos para que os consumidores possa facilmente tomar essas decisões informadas.
  • A revogação das disposições relevantes da "Lei de Proteção Monsanto"
  • Apelar para a pesquisa científica sobre os efeitos na saúde dos OGM.
  • Responsabilizar os executivos da Monsanto e políticos que apoiam a Monsanto, através da comunicação direta, do jornalismo de bases, meisop de comunicação social, etc.
  • Continuar a informar o público sobre os segredos de Monsanto.
  • Ir para as ruas para mostrar ao mundo e à Monsanto que não vamos aceitar essas injustiças pacificamente.


Nós não queremos o clientelismo. Nós não queremos o veneno. É por isso que vamos na Marcha Contra a Monsanto

 

 

Retirado daqui

 

 

Portugal 


 

Alice Alfazema