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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Dia da cri-ança

2023

01
Jun23

cri u.jpgNa Ucrânia, foram registados casos de brinquedos infantis minados e outros que chamam a atenção das crianças e representam uma ameaça significativa para as suas vidas e saúde. Foto © Unicef.

cri s.webpUm total de 3,7 milhões de crianças sobreviventes aos sismos de 6 de fevereiro 2023 na Síria enfrentam “várias ameaças crescentes e potencialmente catastróficas.

As crianças da Síria já sofreram horrores e desgostos indescritíveis [e] agora, estes sismos [registados no norte do país] e as réplicas não só destruíram mais casas, escolas e lugares onde as crianças brincavam, como também abalaram a sensação de segurança para tantas das crianças e famílias mais vulneráveis” afirmou a diretora executiva daquela agência especializada da ONU, Catherine Russell.

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Foto EPA

A Unicef recorda que a seca no Corno de África foi agravada por anos de conflito e insegurança, pelos impactos socioeconómicos da pandemia de covid-19 e pelo aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, em parte devido à guerra na Ucrânia.

 

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Crianças que sofrem o "abandono, a aflição emocional, a discriminação, o estigma e o isolamento social". É o drama das crianças na África do Sul que são forçadas a tornarem-se "chefes de família" ou porque são órfãs ou porque deixadas sozinhas por ambos os pais ou porque são filhos de mães-solteiras.

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Pelo menos 32 milhões de meninos e meninas no Brasil vivem na pobreza. O número representa 63% do total de crianças e adolescentes no país e abarca a pobreza em diversas dimensões: renda, alimentação, educação, trabalho infantil, moradia, água, saneamento e informação.  (Unicef).

 

(...)

 

 

O que querem as crianças?

O mundo

01
Jun20

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Cá para mim as crianças querem um mundo melhor, agora estão mais atentos às questões ambientais e querem saber em que condições lhes vamos deixar o planeta, mas constantemente as suas reivindicações são ignoradas e as suas perguntas ficam sem resposta. Aquilo que querem? Que se acabem as guerras. Que se respeite por meios e acções o meio-ambiente. Que os seus direitos sejam uma regra sempre a cumprir. Que possam brincar. Que tenham horários escolares mais reduzidos, porque não estão num emprego. Que os seus argumentos sejam ouvidos e discutidos. Que haja igualdade entre meninos e meninas. Que todos possam ter direito a ir à escola. Que a pedofilia e outros crimes de cariz sexual sejam punidos como homicídios. Que a justiça seja rápida. Se isto tudo é fácil? É fácil, quem complica são os adultos, porque pensam que se aprende mais com a geração anterior. 

 

É um grande fardo ser criança e andar preocupado com o futuro, com a guerra, com a fome, com a discriminação, com a comparação com os outros, é triste desenraizarmos a sua esperança no futuro e num mundo melhor. Continuamos a manter a capacidade de exigir que sejam adultos antes do tempo, roubando-lhes a infância e as suas alegrias, rotulando-os como melhores, tímidos, extrovertidos, talentosos, medrosos, rufias, especiais...e depois esperar que sejam avaliados de forma igual, como se estivessem a sair de uma linha de produção e fossem enfrascados para consumo. 

 

 

 

Dia da criança-alada

31
Mai15

No dia da criança falamos de presentinhos, de comidinhas, de alegrias, de gelados. Falamos disto tudo num só dia, no dia da criança. Falamos dos famosinhos, das festas surpresas, das cores e dos amores. Nos outros dias podemos falar dos meninos famintos, dos discriminados, dos drogados, dos outros, muitos outros...

 

Eis algumas sugestões que tenho para termos um dia da criança durante todos os dias do ano: 

  • redução de horário escolar, porque ser criança não dura a vida inteira e é urgente brincar.
  • redução do horário de trabalho dos pais, porque para uma criança os melhores momentos são aqueles que podem estar junto da família. 
  • fecho das grandes superfícies comerciais ao domingo e sábado à tarde, porque grande parte destes trabalhadores são mulheres e todas as criancinhas gostam de ter a mãe por perto ao fim de semana.
  • menos burocracia na lei da adopção, porque esperar a vida inteira é muito tempo.
  • haja quem se interesse em fazer reportagens sobre como funcionam as instituições que acolhem crianças e jovens em risco.
  • reabilitar os pais das crianças e jovens em risco, porque tratar apenas de um ramo não salva a árvore.

São só meia dúzia de coisinhas. Feliz dia da criança. 

 

 

Alice Alfazema