Um punhado de terra
24.05.20, Alice Alfazema
Tenho um punhado de terra já exausta, cultivei tantas coisas nela e durante tanto tempo que anulei por completo a sua reprodução, fartei-me de a regar, mas a terra era sempre a mesma, as culturas não nasciam, ou então cresciam raquíticas e sem sabor. Foi longo o período em que estive em busca de encontrar as soluções para que tudo aquilo tivesse um final fim feliz, culpava a terra, as sementes, a água, o Sol, o vento, a chuva, o frio. Nem me lembrava que a agricultora era (...)