Dança comigo onde os violinos ardem, gemem e entoam, deixa-me dançar contigo
Sob um céu infinitamente estrelado, onde a lua com o seu brilho vem beijar o mar
Dança-me com a tua beleza, tua alma, tua existência e o teu ser… Oh! sim, dança comigo
Toca-me com a tua mão, deixa-me sentir a tua áurea os teus lábios, vem-me abraçar
Dança comigo numa valsa eterna… sim inextinguível, como perpétuo é o nosso amor
Leva-me nos teus braços, encanta-me, embala-me em suaves e singulares compassos
Dança-me e deixa-me sentir o cheiro perfumado e balsâmico da tua pele, minha flor
Experimento cada passo e cada beijo teu como se fosse o último, leva-me nos teus braços
Dança comigo, onde os violinos choram acordes celestiais e em harmonia entoam no ar
Onde a serra toca no céu e ambos se entrelaçam como dois amantes apaixonados
Toca-me com a tua mão desnuda, quero-a sentir a cada movimento teu com o teu olhar
Dança comigo, sente a corda dos violinos, elas pulsam em campos doirados de trigo
Dança a minha alma e espírito em searas voltadas ao vento, em atos de amor confirmados
Dança o meu pânico de te perder, dança o meu desejo de te sentir… oh sim dança comigo!
Henrique Júnior, in O Canto dos Poetas