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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

O que querem as crianças?

O mundo

01
Jun20

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Cá para mim as crianças querem um mundo melhor, agora estão mais atentos às questões ambientais e querem saber em que condições lhes vamos deixar o planeta, mas constantemente as suas reivindicações são ignoradas e as suas perguntas ficam sem resposta. Aquilo que querem? Que se acabem as guerras. Que se respeite por meios e acções o meio-ambiente. Que os seus direitos sejam uma regra sempre a cumprir. Que possam brincar. Que tenham horários escolares mais reduzidos, porque não estão num emprego. Que os seus argumentos sejam ouvidos e discutidos. Que haja igualdade entre meninos e meninas. Que todos possam ter direito a ir à escola. Que a pedofilia e outros crimes de cariz sexual sejam punidos como homicídios. Que a justiça seja rápida. Se isto tudo é fácil? É fácil, quem complica são os adultos, porque pensam que se aprende mais com a geração anterior. 

 

É um grande fardo ser criança e andar preocupado com o futuro, com a guerra, com a fome, com a discriminação, com a comparação com os outros, é triste desenraizarmos a sua esperança no futuro e num mundo melhor. Continuamos a manter a capacidade de exigir que sejam adultos antes do tempo, roubando-lhes a infância e as suas alegrias, rotulando-os como melhores, tímidos, extrovertidos, talentosos, medrosos, rufias, especiais...e depois esperar que sejam avaliados de forma igual, como se estivessem a sair de uma linha de produção e fossem enfrascados para consumo. 

 

 

 

#diariodagratidao 02-04-2019

02
Abr19

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Ilustração  Miren Asiain Lora

 

 

E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?

 

José Saramago

 

Mudança da hora

01
Set18

Dizem alguns especialistas que as criancinhas que entram na escola no período da manhã vão ser prejudicadas pela não mudança da hora de Inverno, dizem então que o corpo ao acordar com as estrelas ainda não está preparado para acordar, mas o corpo de alguma criança está preparado para se levantar cedo? Depois dizem mais: que as pessoas não vão conseguir começar logo a produzir. E pá, eu já sentia isto! O meu relógio provavelmente anda avariado.

 

Fiquei assim a pensar, então porque é que temos cada vez mais gente a trabalhar por turnos, e as criancinhas que são filhos desses pais, não há consequências? Há, porque alguns ainda vão a dormir para a escola, por causa dos horários desfasados dos pais, e de quererem estar uns com os outros nem que seja por uma hora, e aos fins de semana? É a mesma coisa, parece que vivemos em permanente urgência económica. Se antes eram só os hospitais e os seus profissionais, os bombeiros, os polícias...agora é um conjunto de gente cada vez mais alargado que trabalha sábados, domingos, feriados, até às tantas da noite, por vezes por causa de um hambúrguer, ou da venda de umas fatias de queijo, uma blusa, um café e um pastel de nata,  enfim toda a urgência em facturar. Em elevar a economia aos píncaros do sucesso.

 

Depois há as criancinhas que têm o horário da tarde, pronto essas não interessam, já estão acordadas há muito tempo com sol. Vão é para casa no escuro, mas podem ir dormir, sair às 18h30m todos os dias é pêra doce para qualquer ser de dez anos, mais a viagem de autocarro e estão em casa logo, logo. O  resto são ervilhas e paz, e sossego.