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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Conversas da escola - Rentrée

02
Set17

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- Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Aiiiii! Aii! Ai que horror! 

- Ai meu Deus, que horror!

 

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- Ai que horror. Ai que horror.

- Aqueles olhinhos a olharam para mim. Ai que horror.

 

 

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- Eu sei que aquilo não está vivo...

 

 

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Exemplar de osga encontrada por mim no Verão de 2017, perto de uma parede e junto a ervas rebeldes que cresciam sem ninguém lhes ter dado autorização para isso. Morta e já seca, mumificada, sem nada por dentro, sem olhinhos, totalmente morta, que não mexe mesmo, que não vai voltar a ficar viva, que nunca mais vai fugir da água ou de alguém, mas que ainda aterroriza mulheres adultas e poderosas. Sim eu venci o medo e peguei-lhe, primeiro com luvas, depois já nem isso, e porque venceste o medo Alicinha Contina? Porque a vontade de pregar partidas é maior que o meu medo.

 

Ai que horror!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

 

Alice Alfazema