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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Transumância de abelhas em Portugal

13
Jan18

 

Ao longo das últimas semanas, André Halak, engenheiro agrónomo e doutorado em melhoramento genético animal da Cooperativa Agrícola e Apícola das Beiras (Coopbei), tem percorrido os cerca de 500 quilómetros entre Mangualde e o Algoz, no concelho de Silves. Ali, o agricultor biológico Júlio Machado cedeu parte da sua horta e uma garagem à cooperativa nortenha para instalar colmeias, e também, uma base de operações no Algarve.

 

O plano é de emergência. «No inverno, as rainhas interrompem a postura de forma natural. São os indivíduos nascidos antes do frio que mantêm a colónia viva, até à chegada do fluxo de néctar na primavera. O problema é que o ano passado foi atípico. Muitos apicultores perderam grande parte ou a totalidade das suas colmeias nos incêndios de outubro. E também devido à ação direta ou indireta da vespa velutina. Outros enxames ficaram sem os pastos apícolas devido aos fogos e há colónias inteiras desfalcadas. Por isso, ou nós pegávamos nas sobreviventes e vínhamos temporariamente para o sul, tentar multiplicar o efetivo de abelhas, ou seria muito difícil recuperar as perdas», justifica.

 

 

Até agora, este técnico já tem 300 colmeias instaladas, entre São Teotónio e Algoz, em terrenos cedidos pelos proprietários, mas a ideia é encontrar mais disponíveis para instalar até 800 da raça Apis Melífera Ibérica. André Halak procura zonas com a maior exposição solar possível e com urzes, tomilhos, medronhos e laranjais, com ou sem uso agrícola. «Interessa-nos muito a região de Monchique porque o medronho floresce nesta altura do ano e é uma boa fonte de néctar. Além disso, há toda uma diversidade de flores silvestres na serra. A abelha começa a trabalhar acima dos 10 graus centígrados. Portanto, esta é a altura certa para começar a recuperar as nossas colónias».

 

 

O texto e fotografias foram retirados do Semanário Regional do Algarve - Barlavento, podem ler o artigo completo aqui

 

 

Alice Alfazema

 

Março mês da Mulher: Mujeres de Frente

19
Mar14

 

 

Mujeres de Frente surgiu como um colectivo de autoconhecimento feminista que começou a visitar a prisão de mulheres de El Inca, estabelecendo diálogos com um grupo de internas. Através desses intercâmbios tiveram uma visão complementar do mundo do qual faziam parte, aproximando-se dos lugares de exclusão e marginalidade. Na amnistia que foi elaborada no processo constituinte de 2008, muitas foram libertadas. A partir deste momento, Mujeres deixou de ser uma escola especificamente para mulheres presas, e se estendeu a outras que não tinha vivenciado o processo carcerário. Em todas elas se reuniam o desejo e o esforço de pensar metodológica e humanamente em uma escola feminista. É assim que nasce uma escola que encara a vida sem medo.

 

Em sua metodologia, a escola se alimenta de duas vertentes pedagógicas: a educação popular e a educação activa. A partir destas correntes foi criado um programa pedagógico personalizado que as alunas seguem de forma autónoma, de acordo com seus horários e possibilidades. Desta mesma maneira, o material didáctico, que é elaborado na própria escola, se constrói a partir das histórias de vida que as mulheres contam, e trata de se adaptar a essas particularidades reconhecendo os corpos, as idades e as singularidades. “Isso também nos dá um carácter feminista, nem todas somos jovens de 20 anos". 

 

Texto e fotografia retirados da Revista Forum, para saber mais ler o artigo completo.

 

Alice Alfazema