Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Árvores monumentais - Araucária

Setúbal

09
Ago21

IMG_20210809_193134.jpg

É uma pena que em meio urbano não tenhamos mais destes monumentos vivos. Assim como se preservam monumentos feitos pelo "homem" também se deveriam preservar as árvores antigas. Tal e qual como quando visitamos um qualquer monumento e imaginamos o que por ali se passou, e por vezes até sentimos a energia que dali emana, também é assim com as árvores, quem nunca se sentiu atraído por um tronco e não resistiu a tocar-lhe, e ao fazê-lo é possível entrarmos na memória do tempo.

Olhando assim, vemos o quanto somos pequenos, na foto podemos ver o quanto ela é alta, e em como os seus ramos se erguem altivos ao céu, consigo imaginar a vista lá de cima, e em como deve ser um privilégio ter um ninho ali. Sabemos que o abate das árvores de grande porte em meio urbano tem levado ao declínio da diversidade de aves de rapina, e ao aumento da população de pombos, o que em alguma cidades já são uma verdadeira praga, Setúbal é uma dessa cidades. 

Não é justo, que se abatam estes majestosos seres não dando oportunidade à biodiversidade. Na foto vemos um homem idoso, os seus anos mais vigorosos já os viveu, mas e esta jovem alta e elegante, quantos anos terá ainda por viver?

 

Dia Mundial "Meio" Ambiente

ao meio

05
Jun21

biodiversidade.jpg

 

Aqui na bola azul, as questões ambientais são na maior parte das vezes levadas a meio, no meio e pelo meio. Neste dias comemorativos exige fazermos uma reflexão sobre o nosso meio. Há demasiado tempo que estas questões passam ao lado das agências noticiosas, do poder local, e nas andanças políticas globais. No quotidiano apresenta-se como assunto de menor importância, sendo até que os activistas ambientais são por vezes ostracizados publicamente, sem que isso tenha qualquer relevância. 

Pelo nosso país, apregoam-se e crescem as plantações fotovoltaicas, derrubam-se árvores de grande porte, incentiva-se monetariamente o cultivo intensivo e o monocultivo, dando azo a uma grande perda de biodiversidade, alisam-se os terrenos a bel-prazer para a preparação de tais culturas arrasando com ribeiras, charcos, sapais e toda a vida envolvente em tais ecossistemas, em nome de uma suposta economia e progresso. Nas cidades, diminuem-se os jardins, os bosques são reduzidos a rotundas e a estacionamentos estéreis de alcatrão, as podas de rolão são agora uma moda permanente, assim como o consequente abate de árvores e depois a continua plantação de outras para futuro comprovativo de obra feita e representatividade no orçamento gasto, vai daí mais umas fotografias para a posteridade. 

antes.jpg

 

A meio, e pelo meio nos vamos ficando, meio calados, meio confusos, meio esclarecidos, meio empobrecidos.  

 

depois.jpg