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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Tempo do desassossego

24
Fev23

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IMG_20230129_081527.jpg Nasci num tempo em que a maioria dos jovens tinham perdido a crença em Deus, pela mesma razão que os seus maiores a tinham tido — sem saber porquê. E então, porque o espírito humano tende naturalmente para criticar porque sente, e não porque pensa, a maioria desses jovens escolheu a Humanidade para sucedâneo de Deus. Pertenço, porém, àquela espécie de homens que estão sempre na margem daquilo a que pertencem, nem veem só a multidão de que são, senão também os grandes espaços que há ao lado. Por isso nem abandonei Deus tão amplamente como eles, nem aceitei nunca a Humanidade. Considerei que Deus, sendo improvável, poderia ser, podendo pois dever ser adorado; mas que a Humanidade, sendo uma mera ideia biológica, e não significando mais que a espécie animal humana, não era mais digna de adoração do que qualquer outra espécie animal. Este culto da Humanidade, com os seus ritos de Liberdade e Igualdade, pareceu-me sempre uma revivescência dos cultos antigos, em que animais eram como deuses, ou os deuses tinham cabeças de animais.

Bernardo Soares, In Livro do Desassossego 

 

 

Fotógrafos de Natureza - Léo Gayola

22
Mar20

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Fotografia Léo Gayola

 

Bonjour, voici quelques images des chouettes qui ont bien voulu se dévoiler à nous (2 stagiaires photo et moi même) la semaine dernière juste avant le confinement général. Des rencontres intenses, magiques, comme pour nous dire au revoir. Oui "Au revoir", car à présent il est un temps pour la nature, un temps que nous laissons à ces êtres qui méritent cette pause bien méritée je pense. Pendant quelques semaines, nous avons la chance de pouvoir méditer sur notre relation à la nature et au vivant. Une chance de pouvoir reconnaître le cadeau si sacré que nous lui devons. Laisser le printemps fleurir et s'épanouir sans nous pour cette année. Comme si nous lui étions redevable de ce cadeau, je pense que oui. De ma fenêtre j'entends le chant délicat du grimpereau, le cri intense de pic noir au lointain, la suave mélodie du troglodyte ou encore les romances harmonieuses des merles qui semblent se délecter de notre absence ! Merci dame nature pour ces cadeaux ! A bientôt ! Léo