Poema
20.09.10, Alice Alfazema
Ao meu avô… Sombra de gnómon , Esse teu relógio de sol tem parca luz. Quanto do vento já nos acariciou os cabelos? Quanto da chuva já se vazou em nós? Quanto do fogo já nos esclareceu o caminho? Começámos por ser uma larva de alma, A borboleta que serpenteia no cerúleo. Fomos também libélula de asas cristalinas Num meio de céu e oceano. Fomos a freicha de pirilampos fosforescentes na completa escuridão, Uma águia soberana e majestosa, Que olhou em caleidoscópio o mundo (...)