Março mês da Mulher: Mujeres de Frente
Mujeres de Frente surgiu como um colectivo de autoconhecimento feminista que começou a visitar a prisão de mulheres de El Inca, estabelecendo diálogos com um grupo de internas. Através desses intercâmbios tiveram uma visão complementar do mundo do qual faziam parte, aproximando-se dos lugares de exclusão e marginalidade. Na amnistia que foi elaborada no processo constituinte de 2008, muitas foram libertadas. A partir deste momento, Mujeres deixou de ser uma escola especificamente para mulheres presas, e se estendeu a outras que não tinha vivenciado o processo carcerário. Em todas elas se reuniam o desejo e o esforço de pensar metodológica e humanamente em uma escola feminista. É assim que nasce uma escola que encara a vida sem medo.
Em sua metodologia, a escola se alimenta de duas vertentes pedagógicas: a educação popular e a educação activa. A partir destas correntes foi criado um programa pedagógico personalizado que as alunas seguem de forma autónoma, de acordo com seus horários e possibilidades. Desta mesma maneira, o material didáctico, que é elaborado na própria escola, se constrói a partir das histórias de vida que as mulheres contam, e trata de se adaptar a essas particularidades reconhecendo os corpos, as idades e as singularidades. “Isso também nos dá um carácter feminista, nem todas somos jovens de 20 anos".
Texto e fotografia retirados da Revista Forum, para saber mais ler o artigo completo.
Alice Alfazema