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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Refugiados

Shamsia Hassani

24
Ago21

camaleão.jpg

As I remember I hid my identity to avoid any mistreatment by others for my identity and nationality. To avoid harm or at least reduce the amount of it.
When we were immigrants in Iran, we dressed like Iranians and spoke in their accent. We were very happy that no one understood that we were Afghans, but we had a strange feeling in our hearts, even though we had not sinned, we were still scared. Whenever we found ourselves in the same colors as the crowd around us, we felt safe, just like Chameleons who feel safe by changing their color to the color of their environment (surroundings).
Later when we returned to Afghanistan, we were happy that the war was over and we could enjoy living in our own country without any fear of our identity. But after a while, war started again and people rushed to other countries. Once again, each of us took the color of different environments to make a good life for ourselves.
 
Texto e ilustração Shamsia Hassani

 

Meninas depois mulheres

se lá chegarem...

19
Ago21

meninas.jpg

Fotografia © Boushra Almutawakel

Hoje é dia mundial da fotografia. 

Eu não me interessa que haja mais moderação sobre o que é ou não é o Direito das mulheres. O que me interessa são os Direitos das  mulheres  por inteiro. Porque já chega de sermos tratadas como seres de segunda.  Não é uma questão de feminismo, ou de outro qualquer rótulo que lhe queiram chamar. É sobretudo uma questão de justiça.

Apesar de sermos geradoras de vida, e portanto também propagadoras da espécie, temos sido ao longo dos tempos relegadas para segundo plano, muitas vezes pelas razões mais estapafúrdias, hoje vemos pelas imagens que nos chegam através de vários meios de comunicação social a selvajaria do que é viver como mulher em determinadas sociedades, quer por crenças religiosas, de poder, ou de pura ignorância. E o mundo assiste ano após ano impávido e sereno, um mundo com muitos homens no poder, sem projectos que levem ao fim destas atrocidades, sem diplomacia nesse sentido, sabendo porém que nascer-se mulher é meio caminho para uma vida de pobreza, violência e  injustiça social.