(a) braços
12
Abr21
Não é por acaso
que existe um espaço
entre dois braços
lugar onde se semeiam
germinam e crescem
os abraços
No espaço
entre dois braços
exauram-se medos e agonias
removem-se pedras do caminho
fecundam-se sonhos
criam-se laços
No espaço entre dois braços
calam-se as vozes e os passos
falam os sentidos consentidos
nasce a vertigem de coração
com coração sem embaraços
Não não é por acaso
que existe um espaço
entre dois braços
lugar onde se semeiam
e crescem os abraços
Poema de Alice Queiroz