O bidé florido
18.02.18, Alice Alfazema
Era uma vez um bidé que estava farto de maus odores e peles descaídas, durante toda a sua vida tinha aturado cus e pipis, uns flácidos e gordos, outros magros e ossudos, flatulentos e com cheiro de rato morto. Caganeiras ralas. Vómitos. Sentavam-se nele sem mais nem menos, até o gato lá ia beber água. Havia dias em que não aguentava com tanto peso, um dia rachou e tornou-se um estorvo, ninguém queria saber dele, até que lhe arrancaram os parafusos que o seguravam ao chão. (...)