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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Para que serve a voz

24
Abr24

 

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Nestes dias levados entre notícias de guerra e vozes de Abril, recolho-me ao meu silêncio e penso...apenas penso, sem dar voz ao pensamento, porque me sinto estranha entre os iguais, reconheço que a voz temos de a partilhar, num acaso ou por obrigação, mas o pensamento não, continua meu (por enquanto), até que me atreva ou que julgue necessário partilha-lo.

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É com surpresa que identifico como dias comuns aqueles em que passo em silêncio, não é com magoa que penso nisto é antes como uma reflexão binária daquilo que fui e do que sou, à espera da transformação plena que há-de vir, lembro-me então do canto da cigarra, tão mal afamada em analogia à formiga, é mais fácil ver o carreiro do que saber quantos anos estão debaixo de terra as cigarras até poderem deitar cá para fora o som da sua voz, que interessa se é num único e derradeiro Verão, o que ficou da história é aquilo que se sabe, que interessa somente aparecer, pode ser em forma de grito, ou em leve surdina engalanada de sorriso. 

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Votos para 2024

31
Dez23

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É chegada a hora de momentos de reflexão e dos votos para o ano novo que se aproxima a galope, com ele vem o futuro, mas do futuro nada existe, nem mesmo a certeza que vá acontecer, embrulhado mesmo só o presente, para desfrutar na hora, no abraço, no amor da partilha, no aconchego de um  olhar.

Erguei as taças, mas tomai vinho ou outro do qual gostes, daquele que te sabe bem, que te dê alento, não castigais o palato e o vosso estômago com passas e vinhos amargos só porque é tradição, libertai-vos daquilo que vos mói. Saúde, Paz e Liberdade! Que o ano de 2024 seja repleto disto. Obrigada por estarem aí. 

 

Livre

 

“Não há machado que corte
a raíz ao pensamento:
não há morte para o vento,
não há morte.

Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida,
sem razão seria a vida
sem razão.

Nada apaga a luz que vive
num amor num pensamento,
porque é livre como o vento
porque é livre”.

Poema Carlos  de Oliveira