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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Os olhos das boas pessoas

17
Abr20

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Filipe Duarte 

(1973 -2020)

 

 

Os olhos da boas pessoas são olhos cansados, com rugas à volta, e pálpebras descaídas, porque alcançam visões que nem todos são capazes, porque tiveram que ver e dormir sobre problemas que ninguém quer saber, são rugas marcadas que seguraram os dias de amargura, os olhos das boas pessoas são mais fundos e baços, porque deixaram o brilho espalhado por onde andaram. As boas pessoas vão-se demasiado cedo, é impossível entender, mas as mensagens curtas, trazem consigo a mesma essência das exaustivas, sem no entanto corrermos o risco de não saber o fim. Para entender, basta olhar nos olhos da pessoas boas. Os olhos das boas pessoas ficam para sempre. 

 

 

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