O meu céu
Olhei o céu no fim do dia, fui buscar a máquina e tirei estas três fotos, tive que ser rápida, o momento passou depressa, aqui fica o registo.
Quem passou pela vida em brancas nuvens
e em plácido descanso adormeceu.
Quem nunca bebeu das fontes da alegria,
da paz, do amor, do silêncio e da harmonia.
Quem nunca se deleitou com a meditação.
Quem nunca experimentou o êxtase interior.
Vegetou. Se arrastou do útero à cova...
Foi um espectro de homem, não foi homem.
Só passou pela vida, não viveu.
A minha pele está escura, tudo há-de passar, até isso, a cada nuvem um momento, a cada momento uma aprendizagem.
O meu céu nunca será igual, este já passou, amanhã haverá mais. O poema é de Fernando Pessoa.
Alice Alfazema