Liberdade ao sal
Ilustração Astrid Trügg
Antes de sentir a traição na pele ela sentia-se livre, gozava de uma liberdade atlântica, o fresco do oceano banhava a sua pele e trazia-lhe o odor do sal para junto de si, as ondas alegres faziam-lhe cócegas pelo corpo todo e gargalhava até lhe doer a barriga. Depois disso veio a sensação pegajosa do óleo que se lhe agarrou à pele, o fecho asfixiante na lata apertada, onde todas pertenciam ao mesmo clube. O das chifrudas.
Alice Alfazema