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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Dia do Elefante

12
Ago21

elefante.jpg

Fotografia Daisy Gilardini

 

Um grupo de homens cegos ouviu que um animal estranho, chamado de elefante, havia sido trazido para a cidade, mas nenhum deles conhecia sua forma. Então eles disseram: “Podemos conhecê-lo pelo toque, pois disso somos muito capazes.”

Quando eles encontraram o elefante, começaram a tatear e discutir entre si. Cada homem tocou numa parte e, confiante de sua habilidade, discordava dos demais. Eles não percebiam que estavam tateando um animal enorme. 

O primeiro homem, cuja mão pousou na tromba, disse:

— Este animal é como uma cobra grossa!

Outro cuja mão alcançou sua orelha, discordou:

— Este animal é como um leque!

O outro homem, cuja mão estava sobre a perna, riu dos demais e disse:

— O elefante é como um tronco de árvore!

O cego que colocou a mão na barriga do animal falou:

— O elefante é um muro!

Outro que sentiu o rabo do animal disse:

— O elefante é como uma corda!

O último, já irritado, sentia a presa do elefante e afirmava em tom de sabedoria:

— O elefante é como uma lança!

E assim os homens se comportam diante da verdade: tocam apenas uma parte e acreditam conhecer o todo. E por isso continuam tolos.

 

Conto budista.

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