Daqui até ao Natal -14
Enumerar ou colocar num pódio aquilo que nos faz falta, pode nos facilitar a vida.
Interessante que à medida que elegemos apenas o excelente, o bom e o suficiente tiramos peso ao dia a dia e tudo se transforma, conservar amizades ou amores de carvão que apenas nos vão sujar ou queimar, conforme a ocasião, manter ao nosso lado gente que não festeja as nossas conquistas e os nossos esforços é como conservar roupa inútil num roupeiro apenas porque não sabemos o que fazer com ela.
O pior das decisões é que elas envolvem muita dor. Assim, também, é o esforço imposto ao corpo numa corrida, no entanto, quando se corta a meta tudo se transforma, as emoções ao rubro percorrem o nosso corpo envolvendo todos os pedaços dos nossos músculos, foi preciso uma camaradagem conjunta de todos eles para o passo derradeiro, aquele que parece importar mais, que é a ultrapassagem da meta com sucesso, todo o peso ficou para lá do tempo, uma enorme reflexão através da respiração, sozinho acompanhado de si mesmo, assim é o atleta que procura e acha em si mesmo a força, é na ultrapassagem desse cansaço que a janela da alegria se abre.