À espera
Ilustração Celene Petrulak
Há uma tempestade acima de nós, no entanto o sol continua a brilhar. Levamos então as nuvens brancas e fofas ao colo, são sonhos macios e leves. Cuidado! Cuidado! Muito cuidado. O vento sopra com força. Embalemos devagar o dia-a-dia. O silêncio é agora estranho, tal como o silêncio antes de um relâmpago. Surdo, opaco e denso. As ruas estão vazias, como nas tempestades raivosas, onde todos se abrigam à espera da bonança.