Entre luzes
Árvore de Natal
Ilustração Adrienne Vita
“és sempre outro (...) és sempre o mesmo (...)
morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno”
Poema de Cecilia Meireles
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Ilustração Adrienne Vita
“és sempre outro (...) és sempre o mesmo (...)
morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno”
Poema de Cecilia Meireles
Ilustração Valentina Salvatico
Ilustração Paola Castello
Sei poucas coisas sei que ler
é uma coreografia
que concentrar-se é distrair-se
sei que primeiro se ama um nome sei
que o que se ama no amor é o nome do amor
sei poucas coisas esqueço rápido as coisas
que sei sei que esquecer é musical
sei que o que aprendi do mar não foi o marque só a morte ensina o que ela ensina
sei que é um mundo de medo de vizinhança
de sono de animais de medo
sei que as forças do convívio sobrevivem no tempo
apagando-se porém
sei que a desistência resiste
que esperar é violento
sei que a intimidade é o nome que se dá
a uma infinita distância
sei poucas coisas
Poema Ana Martins Marques, in “O livro das dessemelhanças”
No primeiro dia de outono,
há flores que se comem,
comem-se os hibiscos
e bebem-se em infusões,
mas eu como-os com o olhar,
num manso estado de velação,
sentindo a cor e a delicadeza dessa pintura,
numa fase efémera da vida.