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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Economia - Receber sem trabalhar.

21
Set10

Um professor de economia na universidade Texas Tech, disse que nunca havia reprovado um aluno antes, mas uma vez, reprovou uma turma inteira. Esta classe em particular tinha insistido que um regime realmente igualitário funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo".
O professor então disse: - Ok, vamos fazer uma experiência igualitária nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas de avaliação nas provas. Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma, e portanto seriam "justas"porque iguais.  Isso quis dizer que todos iriam  receber  as mesmas notas, o que significou que ninguém iria ser reprovado.  Isso também quis dizer que obviamente ninguém iria receber um "20"...Depois das primeiras avaliações sairem foi feita a média e  todos receberam"13".  Nesta altura quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram felizes da vida  com o resultado. Quando a segunda prova foi feita  os alunos preguiçosos, continuaram no seu ritmo, pois acreditavam que a  média da turma os continuaria a beneficiar. Já os alunos aplicados entenderam que também  eles teriam direito a baixar o ritmo, agindo contra a sua própria  natureza.

Resultado, a segunda média das avaliações foi " 8". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral acabou por descambar  e voltou a descer para  o "5".

As notas nunca mais voltaram aos patamares mais altos,  mas ao invés,  as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe.   A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações e inimizades que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém se sentia  obrigado a estudar para beneficiar o resto da sala.  Resultado: Todos os alunos chumbaram naquela  disciplina... porque todos eram «iguais».

O professor explicou que a experiência igualitária  tinha falhado porque ela traduziu-se na desmotivação dos participantes. Preguiça e mágoa foi o resultado. "Quando a recompensa é grande", disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.

 

"É  impossível levar o pobre à prosperidade através de acções que punam os mais afortunados pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, obriga a que  outra pessoa deva trabalhar sem receber. O governo não pode «dar» a alguém aquilo que  tira a outro alguém. Quando metade de uma  população começa a entender  a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustenta-la, e quando esta outra metade entende que não vale a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

(Adrian Rogers, 1931)
 

  

 

 

 

 

 

Estaca...

28
Mar10

Por hoje tudo se resume a nada, sempre em função dos outros, daqui e dali.

Há tempos li uma história, que me parece cada vez mais actual, presos a tudo, por nada. Por medo não faço, por aquilo que os outros pensam  não digo, qual estaca que prende o elefante...

"Quando era pequeno, adorava o circo e aquilo de que mais gostava era os animais. Cativava-me especialmente o elefante, durante o espectaculo, a enorme criatura dava mostras de ter um peso, tamanho e força descomunais...Mas depois da sua actuação e pouco antes de voltar para os bastidores, o elefante ficava sempre atado a uma pequena estaca cravada no solo, com uma corrente a agrilhoar-lhe uma das suas patas.

 No entanto, a estaca não passava de um minusculo pedaço de madeira enterrado uns centimetros no solo. É obvio que um animal capaz de arrancar arvores pela raiz, também o pudesse fazer à estaca.

Porque é que não foge?

O que o prende então?

 O elefante do circo não foge porque esteve atado a uma estaca desde que era muito, muito pequeno.

in Jorge Bucay