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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Para fazer o melhor do mundo é preciso um bocado de tristeza

26
Jan19

 

Ilustração  Jungsuk Lee

 

Nuvens lentas passavam
Quando eu olhei o céu.
Eu senti na minha alma a dor do céu
Que nunca poderá ser sempre calmo.

 


Quando eu olhei a árvore perdida
Não vi ninhos nem pássaros

 


Eu senti na minha alma a dor da árvore
Esgalhada e sozinha
Sem pássaros cantando nos seus ninhos.

 


Quando eu olhei minha alma
Vi a treva.
Eu senti no céu e na árvore perdida
A dor da treva que vive na minha alma.

 

Vinícius de Moraes

 

 

 

 

 

#diariodagratidao 13-01-2019

13
Jan19

 

 

Até que o ciclo se encerre e os sinos toquem ou até à morte, a vida é cheia de momentos tristes, de perdas e derrotas que nos levam para o fundo do poço, que tornam nosso coração tão seco e quebradiço que perdemos a capacidade de sentir. Mas é também uma experiência maravilhosa, repleta de momentos de felicidades que representam a eternidade que possuímos. Até a morte a vida é sinuosa e complexa, sem qualquer manual de instrução, mas, como dito, para quem sabe prestar atenção, ela está repleta de alegria e é isso que a torna bela e grande. Assim, a grandeza da vida consiste em ter a coragem de nunca deixar a criança que existe em nós morrer para que sempre consigamos ter poesia nos olhos e enxergar as felicidades.

 

01-Collage-por-María-José-Arce-Diseño-gráfico.

 

 

 

“A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”

Guimarães Rosa

 

 

 

 

Texto de Erick Morais, ver o artigo completo aqui. Ilustrações María José Arce

 

 

Hoje estou grata por cuidar da criança que existe em mim.