As pessoas estão fartas?
As pessoas estão fartas? Mas fartas de quê? Se a maior parte não se mexe para nada. Os grandes aglomerados de gente resume-se a estádios de futebol cheios, a festas religiosas e a festivais de música. Apenas, num exemplo, temos no panorama nacional, verdadeiros atentados à Natureza, que ninguém quer saber, destroem-se serras, abatem-se árvores a torto e a direito, tanto em meio urbano como em meio não urbano, apenas meia dúzia de gente se manifesta. A informação que é dada nos noticiários nacionais espelha bem, aquilo que referi, não há assunto que leve ao pensamento crítico, uma boa parte de gente é educada pelos reality shows, e vota por essa mesma lógica.
No quotidiano, perceber mais que meia dúzia de frases torna-se num pesadelo, o encadeamento do pensamento resume-se "à dinâmica do jogo", no fundo a maldade, a falta de senso comum e empatia, são agentes de prepotência vestida de uma verdade absoluta, que muita gente gosta de acreditar.
Questionar e questionar-se dá trabalho e exige tempo. Pergunto-me a quanto tempo estamos da loucura globalizada? Num mundo primeiramente virado para a economia, vazio de valores humanos, animais ou de natureza, galopando cada vez mais rápido para o não discernimento entre o bem e o mal, somente procurando resultados como se tudo isto fosse uma gigantesca empresa, e nada mais valesse a pena. Afinal para que serve agora a morte? Na realidade, parece-se que a morte agora é feita de sangue quente, e de gente que fala, e que anda, que dorme e acorda, mas sem dar por isso.