Daqui até ao Natal -13
No seguimento do postal anterior...a combinação perfeita: Ginjas com ananás.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
No seguimento do postal anterior...a combinação perfeita: Ginjas com ananás.
Parece que agora, a grande novidade é o engate através do ananás, numa ida ao supermercado num final de tarde, estas coisas divertem-me, as pessoas saem agora das "redes" à descoberta desta nova dimensão.
Vou deixar aqui um local de engate do século passado, se quiserem podem deixar nos comentários algum dos vossos preferidos que eu acrescento à lista:
Tróia - anos oitenta, local de engate - bola de Nívea.
Se a alegoria consiste num jogo intelectual em que uma série de qualidades fixas pertencentes a um reino serve de correspondente a uma série de qualidades fixas pertencentes a outro reino (de modo que uma “tradução” literal seja possível), um símbolo representa a identificação emocional de um complexo de sentimentos a um objeto exterior, o qual, uma vez que se tenha estabelecido a identificação original, produz imagens sempre novas, com ritmo e desenvolvimento próprios, nem sempre passíveis de tradução. O símbolo evolui continuamente no tempo, ao passo que a alegoria se fixa para sempre.
(Sptizer, 2003, pp.67-68)
Dizem por aí que a poesia ajuda a exercitar a mente, a poesia é toda ela um jogo intelectual entre quem escreveu e quem lê, sobretudo leva-nos a outros mundos e desperta-nos para outras visões, tudo isso é um exercício mental, ter ou não ter tempo para ler poesia é uma escolha, um simples verso leva menos de um minuto a ler, no entanto, o benefício alcança largamente muitas dezenas de minutos, as analogias presentes despertam a criatividade, tal como quando te assomas à janela para veres a tua paisagem. Num mundo de imagens volantes a poesia até parece estar presa ao papel, ou a um ecrã, ou até num timbre, mas é uma falsa prisão, porque se liberta em cada leitura ou declamação, vai voando de boca em boca, do olho ao cérebro.
A metafísica, escrevi eu, busca também o espiritual; mas de maneira totalmente diversa, e tendo um objecto formal completamente diferente. Enquanto a metafísica permanece na linha do saber da contemplação da verdade, a poesia se mantém na linha do fazer e da deleitação da beleza. A diferença é capital e não pode ser desconhecida, sem grave dano. Uma, capta o espiritual em uma ideia e pela intelecção mais abstracta, a outra o entrevê na carne e por uma extremidade do sentido que a inteligência aguça; uma, para gozar de sua posse, tem de retirar-se para regiões eternas, a outra o acha em todas as encruzilhadas do singular e do contingente; ambas procuram um supra-real que a primeira deve atingir na natureza das coisas e à segunda basta tocar em qualquer símbolo. A metafísica anda à cata de essências e definições, a poesia se contenta com qualquer forma que brilhe, de passagem, com o menor reflexo de uma ordem invisível. Uma isola o mistério para conhece-lo; a outra, graças aos equilíbrios que constrói, o maneja e utiliza como uma força desconhecida... Poesia, neste sentido, não é evidentemente, privilégio de poetas. Força todas fechaduras, espera-vos onde menos a imagináveis encontrar.
Jacques Maritain, em Arte e poesia (1947, pp.09 e 10)
Tenho tido dores nas costas, ontem e hoje estiveram especialmente intensas, não que isto seja novidade para mim, a acrescentar dói-me um joelho, mas cá por casa não me posso queixar que tenho dores, porque a lista de recomendações é sempre a mesma.
Assim, tenho pesquisado sobre o assunto e tenho visto imensos vídeos sobre dores, menopausa, velhice, saúde no feminino, entre outros, de há um ano para cá faço suplementação alimentar (com vigilância médica - medicina integrativa) de modo a compensar o meu corpo pela perda de capacidade de se regenerar, fez-me bem, faz-me bem, agora preciso passar a uma nova etapa.
Diz-se que o universo conspira tendo em atenção os nossos pensamentos (e lembram-se de eu ter falado que andava tudo calado nos meios de transporte, que não se ouviam as vozes (?)), pois ontem fui de autocarro para o trabalho e durante todo o percurso duas mulheres (já bem entradas na idade e que não se conheciam), foram conversando sobre diversos temas...e vai daí, diz uma delas: eu vou ao ginásio, treino todos os dias menos à sexta...e estou muito bem, sinto-me cheia de energia, nunca mais tive dores...e eu atenta a todos os pormenores, pensando ainda bem que não fui de comboio. Pois, hoje fui de comboio, e por causa das dores nas costas tive alguma dificuldade em subir para a carruagem, tanto que, lá de dentro uma mulher me pergunta se eu quero ajuda, disse-lhe que não, muito obrigada, e lá me impulsionei para cima, aproveitei para me sentar ao pé dela, e não é que fomos a conversar o tempo todo, e sobre o quê? Treinos, alimentação, mudança de estilo de vida, disse-me ela que hoje em dia corre na natureza e treina no ginásio, e que isso lhe mudou a sua vida e recuperou a sua saúde...
E eu fiquei ali a pensar se isto era alguma indirecta (dois dias seguidos e o mesmo assunto), vinda lá do Universo profundo?
Sim, porque a médica insiste na musculação, diz-me que caminhar não é o suficiente para criar músculo, e eu tenho andado a fugir, sempre com desculpas e bastante preguiça, até que as dores me apanharam e também porque tenho receio de ficar dependente de outros, por minha culpa.