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O Ginjas é um cão de manhãs, não gosta que o chateiem depois das onze da noite, enquanto dorme na sala, aninhado na sua cadeira coberto com uma mantinha...
Durante o dia o Ginjas faz sestas entre o sofá e a sua cadeira, pelo meio controla o que se passa na rua, indo à janela fazer-se ouvir. Existem vários episódios destes ao longo do dia, o que se torna cansativo, por isso o Ginjas a partir das vinte e três horas não quer saber de mais nada, a não ser da sua caminha, abre no entanto uma excepção para os dias de festa, aí só dorme depois das visitas saírem.
Há noite, durante a semana, o Ginjas dorme tranquilamente na sua cadeira enquanto os donos vêem televisão, o último dos donos a sair da sala tapa e aconchega o Ginjas, desejando-lhe uma boa noite, às vezes o Ginjas não diz nada, noutras, a maioria, dá um rosno em mansinho, arreganhando os dentes ao de leve, num não me chateies canino. Depois dos preparos nocturnos para a ida para a cama, apagam-se as luzes e faz-se silêncio. Passam-se cinco minutos, passam-se mais cinco, escuridão total, a casa dorme, no corredor ouvem-se leves raspadelas no chão de madeira, depois silêncio.
Pelas cinco horas da manhã, toca o despertador de um dos donos, às vezes toca mais de uma vez, na maioria, o homem desliga o despertador, levanta-se e vai até à casa de banho, fecha a porta, silêncio, a casa dorme, ou quase, ouvem-se então leves raspadelas no chão de madeira, depois silêncio.
O homem sai da casa de banho, ainda meio a dormir, passa pela sala, vê o Ginjas a dormir destapado, ajeita a manta e tapa o bicho.
Mistério, onde dormiu o Ginjas (?), que sons são os que se ouvem no silêncio da noite (?).
Conclusão: o Ginjas precisa de cortar as unhas, para continuar a executar o seu plano na calada da noite.