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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Diário dos meus pensamentos (36)

24
Abr20

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Ilustração Karina Lemesheva

 

A transformação da nossa energia é uma consequência do ambiente em que vivemos. Esta distância tem sido boa para verificar aquilo que disse na frase anterior. Ao estarmos distantes percebemos melhor o que está mal e o que está bem, o que podemos melhorar, e o que queremos que acabe. Tal como com as flores cada um precisa de uma energia diferente, claro que muitos se identificam, outros nem tanto, há quem se dê melhor na sombra, outros à janela, alguns dão-se melhor em ambientes húmidos, outros em climas quentes... a cada um a sua energia. Por vezes há quem queira ocupar o lugar à janela, mas a sua energia é dos pântanos, é natural que não floresça aí, apesar de todo o esforço envolvido. Uns podem ser arbustos, no entanto julgam-se árvores, outros serão árvores frondosas levadas a ser arbustos. Este tempo pode trazer consigo o melhor que existe em nós, mas não devemos nos esquecer, nem baixar a guarda, ao que existe de pior no ser humano que se encontra na busca da energia do outro.

Chá de violetas (2)

24
Abr20

chá de violetas.jpg

 

Coloquei outra vez aqui o chá e a chávena das violetas, pois desta vez vou receber uma visita nesta casa virtual. Há que contornar de forma criativa este confinamento e este distanciamento social, podemos e devemos-nos reinventar, assim estamos aqui na minha sala online, que nunca tem pó, nem mantas pelo sofá, nem desarrumação física, nem tapetes para sacudir, neste espaço vou receber a , ela veio carregadinha de presentes para engalanar aqui a sala, fiquei encantada com estes mimos, e ficarão aqui para nos lembrarmos mais tarde destes dias que nos pareciam longos e avessos àquilo que mais prezamos: A Liberdade. Mas Liberdade é também isto, é o modo como partilhamos as nossas coisas, sem que nos sejam impostas restrições, não estamos em estado físico, estaremos pois em estado virtual. E porque as palavras também animam o corpo, não temos cartas escritas a pulso, mas temos esta forma de comunicar, mesmo à distância, onde demonstramos os nossos afectos, afinal quase todos os dias estamos juntos, mas muitas das vezes sabemos pouco um dos outros, também não interessa saber muito, o melhor é sabermos o essencial, que gostam de nós, e esse é o melhor presente.   

 

 

 

Em tempos de confinamento e isolamento social, em que as visitas reais estão interditas, restam-nos as visitas virtuais…E que bem que sabe visitar os simpáticos vizinhos aqui do bairro do SAPO! Hoje vim visitar a Alice Alfazema (e o seu Querido Ginjas, de quem me tornei fã incondicional). Na bagagem trago alguns miminhos doces e uns licores elaborados por mim…

 

Espero que gostes dos presentes Alice… são de !

Um Abraço Gigante

 

 

 
 
Foi então que vivi; então que vi
os poucos metros que vão
da minha Serra às Estrelas:
é que eu, sendo tão pequeno
que nem às vezes me encontro,
andava ali a pairar,
e o meu fim estava nelas
e o meu princípio no Mar.
 
Um pedacinho de um poema de:
Sebastião da Gama
 
 
Obrigada Zé. Adorei ter-te aqui.
Um abraço Gigante.
Meu e do Ginjas.
 
 
Vizinha do blogue:
 

 

Diário dos meus pensamentos (35)

23
Abr20

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Ilustração Nerina Canzi

 

O que podes fazer com o teu vazio? O que faz a praia com a maré vazia? O que faz o pintor com a sua tela vazia? O que faz o escritor com a folha fazia? O que faz o professor com o quadro vazio? O que faz o agricultor com um terreno vazio? O que faz o músico com a pauta vazia? O que faz o pescador com a rede vazia? O  que faz a abelha com a colmeia vazia? O que faz o pássaro com o ninho vazio? O que faz a concha vazia? O que faz o vaso vazio? O que faz a camisola vazia? O que faz a caneca vazia? O que faz a jarra vazia? O que faz o fotógrafo com a paisagem vazia? O que faz uma ponte vazia? O que faz a cadeira vazia? Já descobriste  qual destes vazios é o teu?