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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

#diariodagratidao 31-03-2019

31
Mar19

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As imagens não são de hoje, mas poderiam ser. Hoje estive aqui à beira-mar, ouvindo a voz da água e aproveitando o calor do sol, na praia algumas pessoas tomavam banho, outras estavam esticadas ao sol, um homem andava para cá e para lá na areia, no corpo a cor de já ter apanhado muitos pedaços de sol. Energia boa. À beira da água uma mulher já amadurecida pela vida passeava as suas tatuagens com a sua tanga branca que ondulava a cada passo, pra baixo, pra cima. 

 

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Estivemos ali à conversa, sentados naquele pedaço de céu. O tempo escorria devagar pelos nossos corpos, carregando baterias para a semana que se avizinha. Foi bom, muito bom. 

 

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Por vezes os dias parecem-nos iguais, é mera desinformação. Nenhum minuto é igual a outro. Nenhuma imagem é igual a outra. Nada é igual a nada, tudo é consequência. 

 

Quando chego a casa tenho uma surpresa boa ao abrir o blogue, vejam aqui no Delito de Opinião. Março terminou em grande. Obrigada Pedro. 

Alicinha a pensar em andar de bicicleta na escola

31
Mar19

Tenho estado a pensar nesta estória dos miúdos aprenderem a andar de bicicleta na escola, para além do aumento de material para curativos, vamos também aumentar a conta do telefone, a telefonar para os pais a informar que os miúdos esfolaram os joelhos, ou que estão a caminho do hospital por causa de alguma queda, depois virão as queixas dos pais em como os curativos estão mal feitos, ou de como não segurámos na bicicleta, ou que não limpámos as rodinhas como deve ser. 

 

Já temos queixas de que o bar deveria abrir mais cedo para os miúdos poderem tomar o pequeno almoço, uma vez que não o fazem em casa, vá-se lá saber porquê. Para mim, deveríamos de ter camaratas para dormirem na escola, assim tomavam banho, jantavam e dormiam. Nós poderíamos conversar com eles sobre diversos assuntos que seriam escolhidos em conselho pedagógico, iríamos às compras para aquilo que fosse preciso, roupas, calçado...É assim, a escola tem que se adaptar à sociedade, tais como os testes adaptados. Funcionaríamos como uma incubadora de pré-adultos. Educar do princípio ao fim seria o lema. 

 

Não pensem que isto ainda não acontece. Acontece sim. Há miúdos à porta de escola muitos antes da abertura das aulas, há os que vêm de manhã e só têm aulas à tarde, e o contrário também existe. Somos muito mais que escola, somos também ATL, mães e pais, gente para orientar e alertar, gente que cuida. Gente que sabe que não têm lanche, que têm ansiedade, que precisam de carinho, de regras. 

 

A escola é um ponto de encontro entre a vida de cá e a vida de lá, é o presente que muita gente reclama e exige, sem compreender muitas vezes o que por lá se passa. Dou-vos um exemplo: a associação de pais preocupa-se mais em termos estéticos do que em termos humanos, assim nas reuniões o tema em que a escola precisa de ser pintada é preferido ao tema de quantos auxiliares a escola necessita para funcionarmos em segurança? Aliás este último tema é ignorado constantemente. O que interessa é termos os portões abertos. O resto é paisagem. 

 

Andar de bicicleta na escola? Sim. Almoçar e jantar na escola? Sim. Tomar banho na escola? Sim. Dormir na escola? Sim. E tudo mais? Sim. Estamos a dar um salto na evolução humana. Somos todos uma tribo educacional. Viva a tribo!

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