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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Imagine

08
Dez15

 

 

Às vezes na minha sala correm as notas vindas do piano, alguém toca para mim o Imagine. Oiço sem ter grande atenção ao som, lembrando-me vagamente da letra.

 

A maioria dos dias são passados assim, na banalidade das coisas. No correr das horas e no desejo do futuro. Num tempo sem tempo.

 

Imagine um mundo em que as horas corressem no presente. Imagine um mundo de igualdade de género. Imagine um mundo sem radicalismos. Imagine um mundo voltado para a Natureza. Imagine um mundo tranquilo. Imagine um mundo  onde acreditar no bem e na partilha não é ser motivo de ridículo. Imagine um mundo onde as notas de música sejam ouvidas e entendidas. Imagine um mundo onde a letra desta  canção seja realizada. Imagine um mundo onde o terror seja uma lembrança gasta. Imagine um mundo onde o sorriso franco é um acto banal. Imagine que a fome e o sofrimento não são coisas sem importância. Imagine.

 

Alice Alfazema