Boa sexta-feira!
Alice Alfazema
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Alice Alfazema
Ilustração Philippe Loubat
Habituamo-nos a olhar as coisas
nos mesmos lugares.
O bailado mostra-se, através de nós.
Deitamos cartas na mesa, as coisas ficam
por dentro das mãos.
Maurícia Teles
Alice Alfazema
Serão os braços da Árvore Neptúnica
metamorfose de um feto abrindo
as flores do Éden nas mãos da criança.
Os dias, lentos,
baloiçam o fruto.
O poema
percorre leitos rugosos
salta despenhadeiros
encosta o rosto às falésias
e vem poisar suavemente
na foz do símbolo.
Poema é sulco na terra,
raiz agarrada ao branco
de uma folha imaginária
na árvore dos dias por viver
Maurícia Teles, in Sonho de Vidro
Alice Alfazema