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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Retalhos

31
Jul14

 

Pintura Gabriel Picart

 

Gosto desta pintura, das sombras e da luminosidade do sol, das cores, dos loendros (?), dos pés descalços sob a pedra que aparenta transmitir frescura, da alça da blusa que cai descaradamente pelo ombro, da mulher que parece que lê sem prestar atenção às palavras e que a qualquer momento pode virar a cara para quem a observa. Gosto da saia que é parecida com a minha.

 

Alice Alfazema

Oculto

29
Jul14

 

Pintura Harald Slott-Moller   

 

Entre o luar e o arvoredo, 
Entre o desejo e não pensar 
Meu ser secreto vai a medo 
Entre o arvoredo e o luar. 
Tudo é longínquo, tudo é enredo. 
Tudo é não ter nem encontrar.

 

Entre o que a brisa traz e a hora, 
Entre o que foi e o que a alma faz, 
Meu ser oculto já não chora 
Entre a hora e o que a  brisa traz. 
Tudo não foi, tudo se ignora. 
Tudo em silêncio se desfaz.

 

Fernando Pessoa

 

Alice Alfazema

Um momento do meu dia

27
Jul14

 

Neste momento tenho a janela da minha sala aberta, o dia está indo embora, e do outro lado da rua chegam-me notas de música, entram pela minha janela e vêm até aos meus tímpanos. A flauta transversal de alguém que toca, e eu aqui ouvindo a melodia que paira no ar. Parece-me que as árvores também estão a ouvir, as suas folhas estão quietas enquanto o som passa por elas. Belíssimo fim de tarde.

 

 

Alice Alfazema

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