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Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Alice Alfazema

Recortes do quotidiano: do meu, do teu, do seu, e dos outros.

Outras vidas

28
Jun12

 

 

 

Neste tempo de comer sardinhada, de lhes sentir o cheiro e o sabor vale a pena pensar e saber que, para além disto há um outro lado que interessa descobrir:  

 

"Partimos rumo ao desconhecido. Quando abandonamos terra, tornamo-nos numa outra pessoa em nós próprios. Assumimos uma outra identidade. Aquela salgada, que o meio assim o exige e que nos molda. Os olhos estão postos no horizonte. Mas levamos connosco todos aqueles que ficaram para trás. O significado da palavra família ganha outros contornos. Afinal, nestes singelos 23 metros de madeira passamos mais tempo do que com aqueles a que convencionalmente chamamos família. No entanto, embalados pela melodia da maresia, aqui também há família. Laços fortes que nos unem. Sorrisos que só têm valor quando se valorizam os arrufos. Quando alguém tem a coragem de reprimir, de ser directo, olhos nos olhos, traduz-se em respeito e preocupação. Aqui há família. Aqui há fenómenos de rara beleza humana."

 

 

Ler mais em: A vida na traineira    

 

 

 

 

Alice Alfazema

O Tango do futebol

23
Jun12

 

 

É-me muito difícil entender e falar sobre futebol, mas gosto. Gosto essencialmente do lado romântico do futebol. Gosto da linguagem futebolística, cheia de pormenores malabaristas, onde os homens falam de sonho, do lado mágico, do balneário. Apesar de assistir por diversas vezes a jogos nunca sou capaz de distinguir um fora de jogo, pois perco-me em outros passos. Há sempre algo mais interessante, tal como: um penteado, uns calções, ou até algumas tatuagens, os músculos, as expressões faciais, as espectaculares quedas; como é possível estar atento a tudo isto, e ainda, conseguir ver um fora de jogo? Este ano ainda vou ter mais dificuldade, pois é possível utilizaram o Tango. Espero sinceramente que a nossa equipa dance o Tango e derrote o Salero na próxima etapa.

 

 

 

Era mas blanda que el agua,  
que el agua blanda,  
era mas fresca que el rio,  
naranjo en flor...

 

Y en esa calle de estio,  
calle perdida,  
dejo un pedazo de vida  
y se marcho... 

 

Primero hay que saber sufrir,  
despues amar, despues partir  
y al fin andar sin pensamiento...  
Perfume de naranjo en flor,  
promesas vanas de un amor  
que se escaparon en el viento...

 

Despues, que importa el despues?  
Toda mi vida es el ayer  
que me detiene en el pasado,  
eterna y vieja juventud  
que me ha dejado acobardado  
como un pajaro sin luz.

 

Que le habran hecho mis manos?  
Que le habran hecho  
para dejarme en el pecho  
tanto dolor? 

 

Dolor de vieja arboleda,  
cancion de esquina  
con un pedazo de vida,  
naranjo en flor... 

 

Homero Exposito

 

 

 

Alice Alfazema

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